Ora, antes da festa da Páscoa, sabendo Jesus que já era chegada a sua hora de passar deste mundo para o Pai, como havia amado os seus que estavam no mundo, amou-os até ao fim. E, acabada a ceia, tendo já o diabo posto no coração de Judas Iscariotes, filho de Simão, que o traísse, Jesus, sabendo que o Pai tinha depositado nas suas mãos todas as coisas, e que havia saído de Deus, e que ia para Deus, levantou-se da ceia, tirou as vestes e, tomando uma toalha, cingiu-se. Depois, pôs água numa bacia e começou a lavar os pés aos discípulos e a enxugar-lhos com a toalha com que estava cingido. João 13:1, 3-5
Um dos momentos mais íntimos da Escritura é quando Jesus se ajoelha para lavar os pés de Seus discípulos. Em uma época em que as estradas eram empoeiradas e compartilhadas com animais, os pés ficavam cobertos de sujeira e imundície. Lavá-los não era algo glamoroso—era o trabalho de um servo, um ato silencioso de humildade e cuidado.
Como mulheres, muitas vezes sentimos a pressão de parecer sempre bem—de carregar os fardos de nossas famílias, carreiras e relacionamentos com graça. No entanto, por baixo da superfície, nossos corações acumulam poeira. Os pensamentos que cultivamos, os hábitos que adquirimos, os fardos que carregamos em silêncio—todos começam a se assemelhar às estradas por onde andamos. Sem perceber, acumulamos preocupações, distrações e pecados, nos afastando lentamente da pureza do plano de Deus para nós.
Ainda assim, em nossa pressa e autossuficiência, muitas vezes resistimos a levar essas coisas a Jesus. Preferimos apresentar uma versão polida e organizada de nós mesmas, em vez de expor a bagunça escondida. Mas Jesus não pede perfeição; Ele pede rendição.
O amor humano muitas vezes se alimenta de palavras eloquentes e grandes promessas, mas o amor divino é diferente. Ele é profundamente sacrificial, um amor que se doa sem condições. O amor divino não é uma promessa distante e poética feita há milhares de anos. Ele é ativo, presente e pessoal. Ainda hoje, Jesus se oferece para lavar nossos pés—não apenas uma vez, mas diariamente.
Que poeira você tem carregado? Que fardos têm se assentado sobre sua alma?
Hoje, solte a necessidade de esconder. Solte a autossuficiência. Fique quieta na presença d'Ele. Permita que Jesus lave seus pés—todos os lugares que você tem escondido. Deixe que Ele purifique sua mente e seu coração com a água da Sua Palavra, removendo tudo o que não reflete o Seu propósito para você.
E à medida que Ele te limpa, algo belo acontece: você começa a amar a sensação de estar limpa. As distrações perdem sua força. Os caminhos antigos perdem seu apelo. Em vez disso, você segue adiante mais leve, mais livre, radiante no Seu amor.
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