E eis que uma mulher da cidade, uma pecadora, sabendo que ele estava à mesa em casa do fariseu, levou um vaso de alabastro com unguento. E, estando por detrás, aos seus pés, chorando, começou a regar-lhe os pés com lágrimas, e enxugava-lhos com os cabelos da sua cabeça e beijava-lhe os pés, e ungia-lhos com o unguento. Por isso, te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, porque muito amou; mas aquele a quem pouco é perdoado pouco ama. Lucas 7:37-38, 47
Receber o amor de Deus raramente é algo limpo ou polido. Na maioria das vezes, se parece com um rosto marcado por lágrimas, curvado em rendição. Quando o peso do Seu amor é plenamente compreendido e acolhido, ele nos desarma. Ele arranca nossas fachadas, nossa autossuficiência e nossas aparências bem compostas, deixando apenas um coração vencido pela misericórdia.
A mulher desta passagem entendeu isso. Ela se desfez aos pés dEle, oferecendo o que tinha de mais precioso, não apenas o perfume caro, mas todo o seu ser quebrado: despedaçado, arrependido, indigno. Seu amor foi extravagante porque ela havia sido perdoada de forma extravagante. E, no perdão, ela encontrou o amor.
Como mulheres, muitas vezes medimos nosso valor pela nossa capacidade de manter tudo em ordem — nossa casa, nossos relacionamentos, nossa vida. Mas o amor divino desmonta nossa dependência do sucesso, da reputação e da aprovação. O amor incondicional despedaça uma vida inteira de culpa e vergonha. Ele oferece perdão a um passado cheio de arrependimentos e o substitui por comunhão restaurada com Deus, a única fonte verdadeira de amor que transborda sem limites.
Esse é o tipo de amor retratado por toda a Escritura: o amor que se aproximava dos quebrantados de coração, que chamava Israel de volta repetidas vezes, que perdoava os arrependidos e acolhia os rejeitados. “Venham a mim todos os que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso.”
Hoje, encontre nesse amor. Deixe que ele alcance os lugares que você tem mantido escondidos, as feridas que tem tentado curar sozinha. Deixe que ele arranque toda insegurança, toda medida falsa de valor, até que reste apenas você, crua e verdadeira diante dEle.
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira…” Esse é o começo de uma história de amor sem fim. Seu amor é eterno, abundante e vai além de tudo o que podemos pedir ou imaginar. Ele flui do próprio coração de Deus, o mesmo Deus que andou com Adão, que falou com Moisés, que mostrou compaixão aos quebrantados e aos perdidos.
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