Dia 20 - Descanso

Porém a sua fama se propagava ainda mais, e ajuntava-se muita gente para o ouvir e para ser por ele curada das suas enfermidades. Porém ele retirava-se para os desertos e ali orava. Lucas 5:15,16

E ele disse-lhes: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco. Porque havia muitos que iam, e vinham, e não tinham tempo para comer. E foram sós num barco para um lugar deserto. Marcos 6:31,32



Você já percebeu como, quando você está caminhando em amor—amando genuinamente a Deus e aos outros—você se sente mais centrada, em paz, até fisicamente nutrida? Isso não é coincidência. O amor não apenas flui para fora; ele nos transforma internamente. Mas o contrário também é verdade. Quando agimos com medo, raiva ou ressentimento, todo o nosso ser fica inquieto. É como se nossos corpos e almas tivessem sido criados para habitar no amor—amor por Deus, amor pelos outros.

Então, por que é tão difícil permanecer nesse lugar de amor? Porque tentamos assumir o controle. Pegamos a vida em nossas próprias mãos e nos afastamos do ritmo de graça, paz e verdade de Deus. O amor se torna algo que desempenhamos, em vez de algo que incorporamos.

O verdadeiro amor não é fingir ser gentil para ser aceita. Não se trata de evitar conflitos ou ignorar a verdade. O amor é honesto. Ele tem limites. O próprio Jesus nos mostrou isso perfeitamente. Embora as multidões o pressionassem, Ele não se doava sem cessar. Ele se retirava. Ele descansava. Ele orava. Ele não curava todos indiscriminadamente—Ele respondia à fé e ao convite. Ele era totalmente amoroso, mas completamente enraizado na verdade.

Como mulheres, muitas vezes sentimos a pressão de sermos agradáveis à custa da nossa própria honestidade. Sorrimos e dizemos sim, enquanto o ressentimento ferve por dentro. Carregamos culpa por precisar de espaço, e vergonha por nos sentirmos esgotadas. Mas Jesus se retirava. Ele não estava disponível para todos o tempo todo, e ainda assim era perfeitamente amoroso. Seus limites não eram rejeição; eram sabedoria.

Talvez hoje, seu coração esteja distante do amor. Talvez você tenha se estendido além do que pode, fingindo paz por fora enquanto sente ressentimento por dentro. Talvez você esteja cansada de resgatar pessoas das consequências que elas precisam enfrentar para crescer.

Hoje, perceba os momentos em que a frustração ou a amargura surgirem. Não os ignore—use-os como um alarme suave dizendo que é hora de pausar. Afaste-se. Sente-se em silêncio com Deus. Deixe que a presença d’Ele reinicie seu coração.

Peça a Ele que mostre onde seus limites precisam ser fortalecidos. Peça sabedoria para amar com graça e verdade. Pergunte onde você tem tentado “ajudar” quando Ele nunca pediu isso. E, acima de tudo, volte aos lugares silenciosos—porque é lá, na solitude com Ele, que nossos corações são restaurados.

0 comments